Serra

Livres, leves e soltos

eleicao2010As regras eleitorais, todo mundo sabe, são cheias de artifícios, e o que era para servir de proibição termina favorecendo os candidatos que concorrem à reeleição ou então os patronos que, no poder, são fundamentais para a eleição de seus candidatos. O presidente Lula, por exemplo, mesmo permanecendo no cargo, poderá participar ativamente da campanha da ministra Dilma Rousseff (PT) como, aliás, já vem fazendo há muito tempo. E o principal trunfo de Lula é que ele poderá aparecer no programa eleitoral pedindo votos para a ministra, o que será quase fatal para os adversários, seja José Serra (PSDB) ou Marina Silva (PV).

No estado, o governador Eduardo Campos (PSB) não é obrigado a se desincompatibilizar para concorrer à reeleição. Há imposições da legislação eleitoral, mas se o governante continua no cargo é fatal que as atividades se misturem. Ora o governador estará em campanha e ora estará promovendo atos administrativos que terminam beneficiando sua candidatura. Sempre foi assim, desde que se criou no Brasil o instituto da reeleição. Concorrer então com quem está no governo ou com quem tem um padrinho governante é uma empreitada difícil.

É preciso ser muito bom para anular estas vantagens e ter muito o que dizer à população para ganhar a eleição, a menos que os governos instalados sejam muito ruins, e este não é caso de Lula e Eduardo. Agora, a legislação eleitoral permanece intocável porque todos os políticos, de uma maneira ou de outra, se beneficiam das brechas da lei. Se a oposição hoje está indócil diante dos movimentos eleitorais do presidente Lula, em algum momento, os oposicionistas, quando no governo, também fizeram algo semelhante. E o eleitor vai na mesma onda, dependendo de quem esteja no poder e de suas preferências políticas. Então, neste quesito, o Brasil vai mal e permanecerá assim, certamente, ainda por muito tempo. É difícil se aprovar no Congresso Nacional uma legislação rigorosa em relação à prática político-eleitoral, e nem a população exige um rigor maior.

Fonte: Diário de Pernambuco

DEMsalão faz estragos

_cv_pauoctAlternativa do DEM para concorrer ao governo do DF em 2010, o vice-governador Paulo Octávio, com 7,1%, despencou para quarto lugar na preferência do eleitorado, segundo pesquisa realizada entre os dias 18 e 21 pela Dados Pesquisa/Opinião & Mercado. A pesquisa ouviu 1.500 eleitores em todo o DF. Joaquim Roriz lidera a corrida (34,3%), seguido de Agnelo Queiroz, do PT, com 16% e Reguffe (PDT), com 8,8%.

Serra na ponta

O governador tucano de SP, José Serra, lidera a preferência do eleitor do DF para presidente, com 30,9%. Dilma Rousseff (PT) tem 16,9%.

Com 15,8%, Ciro Gomes (PSB) está empatado com Dilma Rousseff no DF. Marina Silva (PV) também é forte: tem 11,8% das preferências.

Apesar de

Apesar do escândalo devastador, apenas 11% da população sentem vergonha de viver em Brasília. A maioria (84,5%) tem orgulho.

Fonte: Blog do Magno

“Não queremos o embate entre Serra e Dilma, mas o debate engajado”, diz Marina

coletivaLogo depois de receber o título de cidadania juazeirense, a senadora Marina Silva (PV/AC) participou de uma coletiva com a imprensa local.Sobre a estratégia do Partido Verde nas próximas eleições, Marina respondeu que o Partido terá candidatura própria em todos os estados.

Ela comentou também sobre o escândalo do governador do Distrito Federal, José Arruda (DEM). “Eu não celebro os escândalos para faturar politicamente, porque todos perdem com isso. Do mensalão até o panetone faltou ética na política, mas não podemos generalizar. Deve haver punição, e a punição do cidadão é a primeira que deve acontecer”, afirmou.

Quando questionada se a sua candidatura à Presidência da República iria ficar igual à dos outros candidatos, Marina Silva respondeu que isso só aconteceria se o meio ambiente não fosse o centro das discussões. “Nós temos ideias e projetos, não somos apenas um plebiscito, requalificamos o olhar da política e do mundo. Não queremos o embate entre Serra e Dilma, mas sim o debate engajado, que interessa a todos os brasileiros.”

Ela falou ainda sobre a relação com Heloísa Helena e com as outras legendas. “A relação com o PSOL é a que está mais avançada, já conversei com Heloísa Helena e notei algumas divergências e também convergências. Vamos fazer discussões, e não contas matemáticas, para saber quem tem mais palanque ou mais tempo na TV”, ressaltou.

Marina finalizou a entrevista falando sobre o projeto de Transposição do Rio São Franscisco. “O projeto é inadequado porque não tem um plano de desenvolvimento auto-sustentável para o semiárido, e nem um projeto de revitalização. Qualquer governo que queira tratar de forma séria o Rio São Francisco tem que pensar em revitalizá-lo”, concluiu a senadora.

Fonte: Blog do Carlos Britto