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Ahmadinejad sugere que meninas iranianas se casem aos 16 anos

hamaO presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, recomendou às adolescentes iranianas que se casem aos 16 anos de idade e aos homens que o façam aos 20 anos, informa neste domingo o diário local JameJam. A sugestão acrescenta mais polêmica à já controvertida política familiar do líder ultraconservador, quem meses atrás ofereceu incentivos econômicos às famílias para que elevem o número de filhos, embora os analistas considerem a medida incerta devido às dificuldades econômicas que o país atravessa.

Ahmadinejad argumenta, no entanto, que a população do Irã, atualmente em 75 milhões de pessoas, deve dobrar para fazer frente às pressões do Ocidente. “A idade de casamento dos homens aumentou para 26 anos e a das mulheres para 24, sem que haja razão para isso. A idade de casamento para os homens deveria ser de 20 anos e a das mulheres em torno dos 16 ou 17 anos”, afirmou o líder, segundo o jornal.

De acordo com os números do censo nacional, cerca de um terço da população iraniana tem entre 15 e 30 anos idade. Herdeiros de uma revolução que em muitos casos se sentem alheia, os jovens são a faixa etária com mais propensão ao desemprego, problema que, que segundo o Governo, atinge cerca de 9% da população iraniana, mas que analistas independentes acreditam afetar mais de 20%.

A política familiar de Ahmadinejad rompe com a iniciada na década de 90 pelo então presidente iraniano Ali Akbar Hashemi Rafsanjani, destinada a controlar os índices de natalidade. O atual líder considera que esse tipo de política é uma perversa e perniciosa influência do Ocidente.

Fonte: Terra

Na TV, Ahmadinejad rejeita oferta brasileira de asilo a condenada

1sorbO presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, revelou nesta segunda-feira (16) que seu país não vai enviar para o Brasil a mulher acusada de adultério que foi condenada à morte por apedrejamento. O presidente fez as declarações em uma entrevista à TV do seu país, recusando publicamente a oferta do governo brasileiro de receber Sakineh Mohammadi Ashtiani.

“Há um juiz envolvido no caso e os juízes são independentes. Mas eu conversei com o chefe do Poder Judiciário e ele também não concorda com a proposta do Brasil”, disse Ahmadinejad. “Eu acho que não há necessidade de criar algum problema para o presidente Lula e levá-la para o Brasil”, acrescentou.

A sentença de apedrejamento para Ashtiani, uma mulher de 43 anos de idade e mãe de dois filhos, havia sido temporariamente suspensa depois que provocou protestos dos Estados Unidos e outros governos, bem como grupos de direitos humanos. O Brasil, que tem relações amistosas com o Irã, ofereceu asilo para ela.

Fonte: Portal G1

Contra o ceticismo, Irã assina acordo nuclear proposto por Brasil e Turquia

1274089041Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Mahmoud Ahmadinejad, do Irã, além do primeiro-ministro da Turquia, Tayyip Erdogan, fecharam ontem (17/05/10) o acordo para que o urânio iraniano levemente enriquecido seja enviado ao território turco e, em troca, o país receba o produto enriquecido a 20% pela França e Rússia. 

Pelo acordo, o urânio enriquecido a 20% será remetido no prazo de um ano. Nesse período, haverá supervisão de inspetores turcos e iranianos, além da Agência Internacional de Energia Atômica.

O acordo foi assinado por Lula, Ahmadinejad e Erdogan durante reuniões paralelas do G15 (grupo que reúne 18 países não alinhados) em Teerã. Para as autoridades, o acordo encerra o impasse envolvendo o programa nuclear iraniano.

Ahmadinejad, porém, quer conversar sobre os acordos e as garantias para o Irã por parte do Conselho de Segurança da ONU. Segundo diplomatas que acompanham as negociações, o presidente iraniano pretende obter garantias dos países que integram o conselho – Estados Unidos, França, Inglaterra, China e Rússia.

O acordo firmado em Teerã deve ainda ser submetido à análise do Conselho de Segurança da Organização ONU. Paralelamente, os integrantes da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) farão uma avaliação dos termos do acordo e de sua execução. A decisão firmada faz parte das negociações políticas, mas faltam questões técnicas e garantias.

Do Agrosoft

Brasil sinaliza preocupação com direitos humanos no Irã

onuddhhiranO Brasil sinalizou segunda-feira na Organização das Nações Unidas (ONU) sua preocupação com a situação dos direitos humanos no Irã. Mas evitou condenar o governo de Teerã e foi criticado por Ongs brasileiras e pela própria oposição iraniana. O Itamaraty ainda mandou um recado aos Estados Unidos de que não aceitará uma solução unilateral para a crise iraniana e que o diálogo é a única saída. O governo de Washington alertou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem de rever sua agenda com Mahmoud Ahmadinejad em sua visita a Teerã, em maio, e garantir que as violações aos direitos humanos serão tratadas.

O Irã foi sabatinado pela ONU. O Itamaraty, como havia prometido, alertou Teerã sobre a situação dos direitos humanos, em uma declaração visando também mostrar à opinião pública brasileira de que o governo estaria preocupado com violações cometidas pelo regime. Mas não propôs qualquer tipo de mecanismo para dar seguimento à situação, muito menos uma investigação, como propuseram os governos europeus. No governo americano, a percepção é de que o Brasil precisa mudar sua agenda com o Irã.

O discurso brasileiro tentou mostrar que a questão de direitos humanos deve ser tratada. Mas sem romper os laços de confiança com o Irã, o Brasil evitou palavras como “condenação ” e insiste que um espaço ainda existe para o diálogo. A embaixadora Maria Nazareth Farani Azevedo, representante do Brasil nas Nações Unidas, ainda indicou avanços na área de educação, erradicação da pobreza e programas sociais no Irã. O Brasil preferiu apenas indicar que o Irã teria “desafios” na área de direitos humanos, como a situação das crianças e mulheres.

Fonte: Agência Estado