O Sudão decidiu nessa sexta-feira (16.abr.2023) interromper o serviço de internet no país. A medida foi tomada um dia depois de uma tentativa do grupo paramilitar RSF (sigla em inglês para Forças de Apoio Rápido) de tomar o poder no país.
O corte da internet em território sudanês seguiu uma determinação do órgão regulador de telecomunicações do governo, segundo a agência de notícias Reuters.
No sábado (15.abr), o grupo RSF anunciou a tomada de controle do palácio presidencial, do aeroporto internacional de Cartum e da base aérea de Jabal Awlia, todos na capital sudanesa.
A RSF também disse em seu canal no Telegram ter o controle de bases militares em Merowe, El Fasher, Kabkabiya e Omdurman. Os paramilitares afirmam ainda controlar “todos os portos ao sul de Cartum” e o aeroporto internacional Sabira, no estado de West Darfur.
Imagens compartilhadas pelo grupo mostram algumas das tomadas. Entre os registros aparece um batalhão do exército se rendendo às forças paramilitares em Marawi.
Em comunicado, o líder do grupo paramilitar, Mohamed Hamdan Dagalo, também conhecido como Hemedti, disse que continuará a “perseguir” Abdel Fattah al-Burhan, general que governa o país desde o golpe de Estado de 2021, para entregá-lo à Justiça. Ambos trabalharam juntos para derrubarem o governo civil na época.
ONU REPUDIA ATAQUE
O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres, pediu que as Forças de Apoio Rápido e o Exército sudanês “cessem imediatamente as hostilidades, restaurem a calma e iniciem um diálogo para resolver a crise atual”.
Fonte: Poder 360