O Real Madrid prometeu se engajar publicamente e ajudar Vinícius Júnior na sua batalha contra o racismo no futebol espanhol. Mas, apesar das juras de apoio irrestrito feita pelo presidente Florentino Pérez, o clube não ficará ao lado do jogador em toda e qualquer circunstância.
O “Blog do Rafael Reis” apurou com pessoas ligadas ao Santiago Bernabéu que, caso o atacante brasileiro decida ir embora da Espanha devido à sequência de ataques racistas que têm recebido no país (especialmente de torcidas adversárias), ele não terá apoio do seu atual empregador.
Muito pelo contrário. O Real não apenas se negará a facilitar a saída do jogador para algum clube de outro país, como também fará todo o possível para que essa transferência jamais seja concluída.
A avaliação em Madri é que Vini Jr. é figura essencial para que a equipe merengue continue figurando na prateleira de cima do futebol europeu. E que, por isso, não será possível liberá-lo, mesmo que essa seja sua vontade.
O Real se sente seguro nessa decisão porque o contrato do brasileiro vai até 2027. Ou seja, pelas próximas quatro temporadas, não existe nenhum risco de o atacante ir embora gratuitamente.
Além disso, sua multa rescisória é uma das maiores do futebol mundial e está na casa de 1 bilhão de euros (quase R$ 5,4 bilhões). Na prática, trata-se de um valor impagável.
Por isso, qualquer clube que quiser aproveitar o conflito entre Vini e a Espanha para contratar o atacante terá necessariamente de sentar para conversar com o Real. E dele ouvirá que não há interesse em abrir uma negociação.
O sinal de alerta de que o brasileiro pode pedir para ir embora do Real foi ligado domingo. Após ser chamado de macaco por milhares de torcedores do Valencia, o camisa 20 emitiu uma nota em que se disse “forte para lutar até o fim contra os racistas. Mesmo que longe daqui”.
Fonte: Blog do Rafael Reis