A Prefeitura de São Paulo anunciou nesta terça-feira (21), a impressão do currículo antirracista e a compra de 128 mil bonecas e bonecos negros e migrantes que serão destinadas às escolas municipais.
O documento tem mais de duzentas e vinte páginas e aborda conceitos como raça, racismo, preconceito, discriminação. Aponta direções para que as escolas incentivem o conhecimento à diversidade brasileira e potencializem práticas pedagógicas inclusivas e antirracistas.
“Essa iniciativa é importantíssima e chega num momento em que dados, estatísticas, pesquisas apontam pro fato da persistência do racismo no ambiente escolar. E com isso, o ingresso, a permanência e o êxodo de estudantes negros tem disso muito comprometido em razão dos processos discriminatórios que ocorrem cotidianamente nas escolas”, aponta Luana Tolentino, especialista em educação.
O lançamento da cartilha faz parte de uma política pública implementada por meio de parceria das secretarias municipais de Educação (SME) e Relações Internacionais (SMRI) para combater o racismo estrutural na sociedade a partir da educação.
Desde 2003, porém, o ensino da história da África, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade estão previstos em lei federal.
A gestão municipal defende que o currículo antirracista fornece subsídio para a implementação da lei – embora somente agora, 20 anos depois de ter sido sancionada.
De acordo com a prefeitura, o documento “Orientações Pedagógicas: povos afro-brasileiros” complementa outras publicações já disponíveis que trata dos povos indígenas e dos povos migrantes.
As populações estão no foco dos trabalhos desenvolvidos pelo Núcleo de Educação para as Relações Étnico-Raciais (NEER), da SME, que tem por missão fomentar a educação antirracista e não xenofóbica, contribuindo para a valorização da diversidade.
A versão digital do currículo antirracista foi lançada em novembro do ano passado, durante a II Expo Internacional Dia da Consciência Negra. Agora, ao longo do semestre, 29.500 cópias impressas serão entregues para toda a Rede Municipal.
Fonte: G1
Isso sim, é Política Pública de combate ao racismo estrutural. Já nas Escola s Municipais as crianças e jovens aprenderem, a fraternidade, a igualdade de direitos de todos. Só assim, se combate o discurso de ódio.