A comunidade de Montevidéu, na zona rural de município de Salgueiro, festeja neste domingo (11) mais uma edição da tradicional Pega de Novilha na Caatinga. Em sua 10ª edição o evento pretende reunir novamente vaqueiros de toda a região com a finalidade de capturar a novilha e recebê-la como prêmio. O regulamento da competição segue o modelo dos anos anteriores. A novilha é solta na caatinga, os vaqueiros aguardam alguns minutos e após autorização dos organizadores partem em busca da valiosa premiação.
Realizada pelo morador da comunidade, Vicente de Sebasto e família, a festividade conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Salgueiro através da Secretaria de Cultura e Esportes. Depois da competição os vaqueiros vão saciar a fome e a sede com um almoço servido por Vicente e familiares. A Pega de Novilha, que este ano está prestando homenagem póstuma para o vaqueiro da comunidade, Epaminondas Gonçalves Ferreira, também conta com shows de Galeguinho do Forró, Jameckson e Banda e Herdeiros do Forró.
Da redação do blog de Alvinho Patriota por Chico Gomes
O alvo do meu comentário não são as pessoas da matéria, longe disso, mas às secretarias de cultura dos municípios desse nosso Brasil.
Sem querer jogar água no chopp de ninguém, tem de haver a abertura de um debate sério no País sobre os esportes populares dos quais têm como atração principal a perversidade com os animais.
Repito, não se trata da matéria acima.
Recentemente durante o Escândalo do Mensalão assistimos a um dos maiores, senão o maior marqueteiro do País, que teve influência vital na escolha e na eleição de Lula dizer, com a cara mais lavada, que era um assíduo frequentador e apostador de rinha de galo. É uma vergonha.
Durante vários anos atuei profissionalmente em municípios do interior do estado de São Paulo e vi a força que tem os rodeios naquele estado e nos estados vizinhos também.
Visitei também algumas praças de touros espanholas e vi como é degradante o espetáculo das touradas, inclusive num “espetáculo” desse, eu torço o tempo todo para o lado animal.
Recentemente, após anos de luta, a comunidade da Catalunha aprovou lei que obriga a fechar todas as praças de touros daquela província, mesmo assim numa votação super apertada dada a cultura milenar espanhola, que resgata a bravura local.
Já é uma grande vitória das pessoas que defendem os direitos dos animais. Esperamos que o vento sopre a favor desse movimento para toda penínsila ibérica, e daí para o resto do mundo.
No México, dizem, é onde ocorrem as piores atrocidades em nome do “esporte”.
No Rio Grande do Sul, apesar de proibida após pressão da imprensa nacional, ainda ocorrem durante a semana santa, às escondidas a famosa “Farra do Boi”.
Em Colônia do Sacramento – Uruguay, cidade patrimônio da humanidade, estive numa praça de touros que havia sido inaugurada a cem anos atrás, o detalhe curioso é que, apesar de ser muito forte a cultura espanhola, a primeira dama da província conseguiu fechar a praça de touros após dois anos de construída e nunca mais foi aberta, utilizando para isso a sua influência política junto ao governo local.
Também no nosso caso, qualquer ação no sentido de repressão a estes esportes, vai desagradar grande parte da população, e cabe ao Ministério Público agir juntamente com as secretarias de cultura para modificar ou direcionar o atrativo popular para algo mais humano, ou menos desumano que é mais verdadeiro.
É um grande desafio, e devem utilizar pra isso Termos de Ajuste de Conduta.
Já basta todas as atrocidades históricas cometidas aos animais pelo animal homem.
Citando apenas uma, durante o Brasil colônia foram dizimados bilhões de beija-flores no estado do Pará, apenas para que suas lindas penas fossem utilizadas como enfeite para caixas de bombons na França. Doeu?.
A minha sugestão é que as secretarias de cultura assumam o controle das regras do esporte e vá modificando elas a cada ano gradativamente tornando-as mais brandas para o lado dos irracionais, e incluindo nos eventos novos atrativos para o público local. Já é um começo inteligente.
Não atingindo assim a maior parte dos interessados que vão mesmo é para festa.
E restringindo, assim, a utilização dos animais para que nós “racionais”, apenas nos alimentarmos deles.