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Novos sítios revelam arte de nômades que viveram há 10 mil anos em PE

Cinco novos sítios arqueológicos foram descobertos em 2023, na região do Sertão do Moxotó, em Pernambuco. A área é conhecida pela riqueza de artes rupestres.

Gravadas em rochas, as pinturas foram feitas por populações pré-históricas que habitavam a caatinga e viviam como nômades, em busca de rios e riachos.

Entre os desenhos encontrados estão animais pintados, uma marca desse tipo de arte.

“As gravuras mostram um mundo simbólico dessas populações”, disse Mônica Nogueira, arqueóloga do Iphan em Pernambuco.

Os achados foram visitados e cadastrados pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), responsável por catalogar os sítios arqueológicos no país.

Cidade entra na rota

Quatro dos sítios estão localizados no município de Manari (PE), onde não havia nenhum registro até o ano passado. O último dos sítios foi encontrado em novembro. Um quinto sítio foi achado na vizinha Ibimirim.

Segundo a arqueóloga Mônica Nogueira, a descoberta tem importância não só por revelar novas pinturas, feitas em períodos de ocupação pré-colonial, mas por estarem vizinhas a Buíque (PE). O local é porta de entrada do Vale do Catimbau e abriga o sítio arqueológico Alcobaça, que possui a maior rocha pintada brasileira.

O vale, que hoje é resguardado pelo Parque Nacional do Catimbau, é um dos mais importantes conjuntos de sítios arqueológicos do país. Ele é um dos caminhos de dispersão dos povos da Serra da Capivara (PI) —local apontado como berço do homem americano.

De acordo com a arqueóloga, a região onde estão os sítios achados em 2023 também deve ter registros de povos em sua dispersão do Piauí até o vale do rio São Francisco.

Fonte: UOL

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