O Ministério Público Federal (MPF) comunicou na última terça-feira (22/10) que entrou com duas ações na Justiça Federal para evitar o gasto de R$ 1,2 bilhão aos cofres públicos em função de estruturas temporárias para a Copa do Mundo.
De acordo com o órgão, por ser um evento privado, “esse tipo de despesa – que não tem interesse público e não deixará qualquer legado à população brasileira – deve ser bancada pela Fifa e pelo Comitê Organizador Local (COL)”.
As estruturas temporárias apontadas pelo MPF vão desde tendas, assentos temporários, plataformas, cercas, passarelas, iluminação, cabos, mobiliário, divisores e pisos até estruturas para as transmissões dos jogos. “Há interesse público no pagamento destes serviços, se a Fifa é a única detentora dos direitos de transmissão do evento e os comercializa a preços milionários?”, disse o MPF em comunicado.
Duas ações já correm na Justiça. A primeira, feita em setembro, questiona os gatos em infraestruturas de acesso temporárias nas cidades-sede, enquanto a segunda foca nos investimentos em equipamentos necessários para a transmissão nos estádios, que beiram os R$ 130 milhões.
Ainda de acordo com a entidade, durante a Copa das Confederações foram gastos cerca de R$ 229,7 milhões de dinheiro público em estruturas temporárias e a previsão é de mais de R$ 1 bilhão para a Copa do Mundo. O MPF afirmou que a União acabou cedendo às pressões da Fifa em 2013, mas que desde 2011 defende que os custos não são responsabilidade do governo federal.
Fonte: Época Negócios