Vida FM Asa Branca Salgueiro FM Salgueiro FM

IBGE: Qualidade de vida do brasileiro avança em nove anos, mas desigualdade persiste

A qualidade de vida do brasileiro melhorou num intervalo de nove anos, com avanço em áreas como moradia, saúde, educação e lazer. Mas a desigualdade permaneceu estacionada: famílias em que a pessoa de referência é preta ou parda ou mulher ou ainda que possui menor renda ou baixo grau de instrução têm menos bem-estar. É o que revelam os dados das duas edições da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), cujos dados comparados foram divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE.

A pesquisa observa dimensões do bem-estar das famílias para além dos gastos com produtos e serviços. Ou seja, não considera a renda . O Índice de Perda de Qualidade da Vida (IPQV) da população teve uma retração de quase 30%: caiu de 0,227 entre 2007 e 2008 para 0,157 entre 2017 e 2018.

O índice varia de 0 a 1 e, quanto menor o indicador, menor a perda de qualidade de vida. Já o Índice de Desempenho Socioeconômico (IDS) cresceu 12,8% no mesmo período, passando de 5,452 para 6,147.

Desigualdades permanecem

Diversas políticas públicas contribuíram para a melhora da qualidade de vida da população brasileira, avalia Leonardo Santos de Oliveira, analista da pesquisa. O recuo do Índice de Perda de Qualidade de Vida foi generalizado: todas as regiões do país, além das diferentes faixas etárias, faixas de renda, gênero, raça e composição familiar tiveram redução no IQPV. No entanto, a melhora não foi suficiente para eliminar as variadas desigualdades existentes no país.

“Como elas caem a taxas parecidas, a desigualdade permanece”, explica Santos.

No caso das famílias em que a pessoa de referência é da cor preta ou parda, o índice é de 0,183, enquanto é de 0,122 nas famílias em que a pessoa de referência é branca. O índice nas áreas rurais foi de 0,244, bem maior que a média brasileira e que o indicador nas áreas urbanas, que ficou em 0,142.

Nas regiões Norte e Nordeste, o índice ficou em 0,223 e 0,207, respectivamente. No Centro-Oeste, em 0,158. Abaixo da média brasileira (0,157) aparecem as regiões Sul (0,114) e Sudeste (0,126). Outras desigualdades foram verificadas quando a pessoa de referência era mulher, tinha menor nível de instrução, menor renda, e a família tinha ao menos uma criança.

Fonte: EXAME

Um comentário sobre “IBGE: Qualidade de vida do brasileiro avança em nove anos, mas desigualdade persiste

  1. Izilda Antonia de Sá

    E uma pequena cidade como Salgueiro, paga um cachê de 400.000,00 – quatrocentos mil reais – para um artista cantar no São João. Como pode?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *