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Governo dá início a operações para desmontar garimpo na terra yanomami, e Ibama destrói aeronaves

O governo Lula (PT) deu início às operações para tentar desmontar o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami e retirar os mais de 20 mil garimpeiros que invadiram o território ao longo dos últimos anos.

O início das operações coube ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), com suporte da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) e da Força Nacional de Segurança Pública, vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Agentes do Ibama estiveram na terra indígena na segunda (6) e na terça-feira (7). Eles destruíram um helicóptero, um avião, um trator e estruturas que garantiam a logística de uma área de garimpo. Houve ainda apreensão de duas armas e três barcos com cerca de 5.000 litros de combustível.

Como parte do início da operação, deflagrada nesta segunda (6), uma base de controle foi instalada num trecho do rio Uraricoera, um dos principais cursos d’água usados para acesso dos invasores às áreas de exploração de ouro e cassiterita.

O rio vem sendo usado também como rota de fuga de garimpeiros, desde o início do controle do espaço aéreo pela FAB (Força Aérea Brasileira). A fuga envolve caminhadas por dias na floresta, percursos em barcos ao longo do rio Uraricoera e caminhadas por terra, mais precisamente por 30 km de uma estrada vicinal que conecta uma vila e um portinho usados como bases logísticas para o garimpo ilegal.

Houve apreensão de combustível, freezers, geradores, antenas de internet e suprimentos, que seguiam sendo transportados para áreas de garimpo.

A ação aérea é empreendida pelo GEF (Grupo Especializado de Fiscalização) do Ibama, que monitora pistas de pouso clandestinas no território e região. Sobrevoos vão prosseguir para a continuidade de identificação da infraestrutura do garimpo e para destruição de aeronaves e maquinários.

As operações para tentar desmontar o garimpo ilegal na terra yanomami vão envolver ainda militares das Forças Armadas e a PF (Polícia Federal).

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e os comandantes das Forças viajaram para Boa Vista (RR) nesta quarta (8) para acompanhar as ações.

Fonte: Folha de S. Paulo

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