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Audiência Pública da Câmara de Vereadores de Salgueiro levanta questões importantes sobre proposta de junção de fundos previdenciários

Questões relevantes sobre um Projeto de Lei de autoria do Poder Executivo que propõe a reestruturação do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) de Salgueiro, foram discutidas em audiência pública realizada pela Câmara de Vereadores na noite desta quinta-feira, 26. A discussão foi solicitada pelo vereador Professor Agaeudes, no intuito ampliar conhecimentos sobre a proposta que unirá os dois fundos previdenciários do município, um deficitário e o outro superavitário.

O debate contou com a participação do prefeito do município, Marcones Sá; a Gestora do Funpressal, Maria Auxiliadora de Sá; a Diretora Financeira do Funpressal, Edilene Barros; a presidente do Sindicato dos Servidores Municipais (Sisemsal), Edvane Teixeira; a presidente da Associação dos Agentes Comunitários de Saúde e Endemias de Salgueiro, Josenilda Rosendo; o atuário do Funpressal, Jorge Tiago; e Dr. Osório Chalegre, especialista em Regimes Próprios de Previdência Social. Agauedes presidiu a audiência, acompanhado dos vereadores Baldin dos Anjos, Emmanuel Sampaio, Sávio Pires, Flavinho Barros, André de Zé Esmeraldo, Eliane Alves, Tiago Arraes, Nildo Bezerra e Bruno Marreca.

A audiência começou com uma explicação da Diretora Financeira do Funpressal sobre a situação da previdência do município. Ela destacou que Salgueiro possui um fundo com servidores mais antigos, que recebe aporte mensal da prefeitura por ser deficitário, e outro mais recente, datado de 2006, que tem poucos aposentados e muitos contribuintes, por isso é superavitário. Atualmente, disse ela, o aporte do governo municipal está em torno de R$ 2 milhões.

Em seguida, Dr. Osório, que auxilia o município no setor previdenciário, defendeu a aprovação da junção dos fundos. Ele afirmou que o projeto foi elaborado em conjunto com os servidores e argumentou a unificação evitará a injeção de recursos que podem ser usados em políticas públicas. “Todos os meses são retirados R$ 2 milhões para aporte na previdência. Isso significa R$ 26 milhões por ano. Significa ao longo de uma gestão, R$ 100 milhões. Então, o problema é grande”, alertou, ressaltando que o projeto não muda as regras de aposentadoria, apesar de defender que sejam alteradas.

A presidente do Sisemsal, em fala na tribuna, se posicionou favorável à fusão dos fundos, mas pediu que o projeto seja analisado com muito cuidado. “Eu defendo uma junção com discussão”, falou, se contrapondo a um artigo do projeto que tira a subordinação da gestão do Funpressal a um Conselho Deliberativo. Esse e outros pontos também foram questionados pelo servidor Flávio Vieira, que foi Diretor Financeiro do Funpressal nas gestões de Marcones e Clebel. Depois de lembrar que vinha alertando desde 2010 sobre o problema de déficit previdenciário, ele pediu que os vereadores reprovem o projeto integralmente devido a algumas inconsistências.

Também falaram durante a audiência o atuário Tiago, explicando que a junção vai reduzir o aporte da prefeitura; a agente comunitária Josenilda; o prefeito do município, relatando dificuldade com o Regime Previdenciário; servidores do município, com muitas dúvidas sobre a proposta; e os vereadores Nildo, Bruno, André, Emmanuel, Flavinho, Sávio e Tiago. Em sua fala, Emmanuel solicitou que o prefeito separe a aposentadoria especial dos Agentes Comunitários do projeto para que seja votada na próxima sessão e envie uma proposta só com a reestruturação do RPPS, no sentido de haver uma maior discussão do tema.

No fim, Dr. Osório respondeu algumas dúvidas expressas durante a audiência e se colocou à disposição para participar de outras discussões sobre o projeto. Agaeudes agradeceu a participação de todos e abriu espaço para as considerações finais.

Da redação do Blog Alvinho Patriota

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