O ministro da Fazenda Fernando Haddad disse que a decisão do Copom de manter a taxa básica de juros, a Selic, a 13,75% ao ano é “preocupante”.
“Achamos que o comunicado preocupa bastante. A depender das futuras decisões podemos, inclusive, comprometer o resultado fiscal, daqui a pouco vai dar problema nas empresas”, disse o ministro.
O que mais Haddad falou?
– Governo falará com o Banco Central: “Vamos fazer chegar ao BC o que é mais recomendável para a economia brasileira, que é encontrar o equilíbrio […] Temos uma relação institucional que nunca vai se perder”.
– Arcabouço fiscal não teria sido fator para decisão: “O arcabouço fiscal, pela PEC da Transição, estava previsto para agosto, me comprometi a entregar junto a LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias]. Estava previsto para março e vamos entregar depois da viagem à China e não pode ter sido um fator para o Copom”.
– Previsões econômicas do governo “estão se confirmando” e Brasil está em posição diferenciada em crise internacional: “Nossa inflação está mais controlada do que a europeia”.
– Harmonia entre instituições: “Não existe ruído quando existe boa-fé. Falo desde o meu primeiro discurso em harmonizar as políticas monetária e fiscal. Nunca faltei com respeito ao diretor ou a algum funcionário do BC, temos um diálogo franco”.
Fonte: UOL