O Centro de Recuperação Evangélicos Livres para Servir (CRELPS) teve a direção destituída e foi assumido por um interventor nomeado pela prefeitura. Nessa terça-feira, 17, o CRELPS foi totalmente interditado, numa ação envolvendo o Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, MPPE, SAMU, assistência jurídica municipal e secretarias de Assistência Social e de Saúde.
Com a intervenção, equipes criadas pela prefeitura com representantes das secretarias de Assistência Social e de Saúde vão fazer um diagnóstico das mulheres que eram atendidas na instituição para que elas sejam desinstitucionalizadas. No momento da interdição, a unidade tinha 59 internas, sendo 32 idosas e 27 mulheres com transtornos mentais, relacionados ao uso de drogas, por exemplo.
A instituição terapêutica foi alvo de uma ação do Ministério Público devido a diversas denúncias de irregularidades. No momento que as equipes estavam fazendo a interdição, foram encontradas várias verduras e frutas podres, além de remédios armazenados sem as devidas receitas. Todos os medicamentos foram encaminhados à delegacia para investigação.
O MPPE solicitou da prefeitura, por meio do interventor, que fosse providenciado um psiquiatra, junto a uma equipe médica do SAMU, para atendimentos presenciais e medicação de 14 internas. Também foram realizadas 27 escutas técnicas com psicólogos e assistentes sociais. Uma interna precisou ser levada ao CAPS AD (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas) para um tratamento de 15 dias e outras duas já foram desinstitucionalizadas.
Desde 2020 o MPPE investigava irregularidades no CRELPS, por meio de um inquérito civil. A instituição foi acusada de crimes como trabalho escravo, apropriação indébita de aposentadorias, exposição de pessoa idosa a perigo e até sequestro.
Da redação do Blog Alvinho Patriota
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