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Médicos protestam por melhores rendimentos com corrida na Jaqueira

Um protesto sem pneus queimados, faixas e gritos de revolta, mas com direito a café da manhã saudável e corrida de médicos e usuários de planos de saúde. Foi assim que 100 representantes de profissionais de saúde de sete planos de saúde pernambucanos protestaram contra as condições de trabalho disponíveis há dez anos, tempo em que a categoria afirma não ter reajustes salariais.

De acordo com o vice-presidente do sindicato dos médicos, a paralisação, a segunda em apenas cinco meses, desempenha um papel de alerta e convocação social sobre o sistema privado de saúde. “Muitos médicos estão fechando consultórios ou recorrendo a acúmulo de empregos para conseguir se manter no mercado. O resultado disso é um tempo maior de espera para o usuário, que muitas vezes aguarda o deslocamento do profissional entre suas duas ou três jornadas de trabalho”, afirma.

Participaram da ′manifestação`, integrantes dos convênios médicos Golden Cross, HapVida (Santa Clara/OPS), Real Saúde, Ideal Saúde, Viva Saúde, Samaritano e América Saúde. Na parte dos médicos a vencedora da corrida foi a oftalmologista Janaína Costa Araújo, de 31 anos. “Correr foi uma forma interessante de chamar a atenção da população para um problema mais sério. O que queremos é lutar por melhores condições de trabalho”, resumiu. Competindo da área de usuários dos planos de saúde, o vencedor foi o servidor público aposentado, Edvaldo Lopes, de 55 anos, que fez 5 km em apenas 17m22s. “Já conhecia o pleito dos doutores e a iniciativa me agradou, já que corro maratonas, por isso fiz questão de participar.

Apesar da estimativa de quase 400 mil usuários sem consulta nesta quarta-feira (21), os serviços de urgência, emergência, além de tratamentos de hemodiálise, hemoterapia, quimioterapia e radioterapia estão, em tese, mantidos. A Agência Nacional de Saúde divulgou nota ontem alertando da necessidade dos planos de assegurarem serviços assistenciais e reagendamento de atendimentos eletivos. Quem não teve acesso a esses direitos ou se sinta prejudicado quanto à prestação do serviço pode formalizar reclamações em diversos órgãos do estado.

Fonte: Diário de Pernambuco

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