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Marcha contra corrupção é vazia, diz Roberto Jefferson

Como forma de contrabalancear as atenções do governo, que na comemoração pelo 7 de Setembro estarão voltadas para o Desfile da Independência que percorrerá 2 km na Esplanada dos Ministérios, integrantes de movimentos sociais, partidos políticos e entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) prometem fazer coro contra as seguidas denúncias de corrupção em diversas esferas do Executivo.

Além da “faxina” no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), classificado como o “DNA da corrupção” pelo ministro do Controle e da Transparência, Jorge Hage, três ministros foram afastados em oito meses de governo Dilma Rousseff por suspeitas de irregularidades. No Congresso Nacional, o corporativismo do Parlamento mais uma vez revoltou a opinião pública com a absolvição, em votação secreta, da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), flagrada em um vídeo recebendo dinheiro do delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa. Sem falar nas operações da Polícia Federal que desmontaram fraudes em convênios envolvendo dinheiro público, inclusive no Ministério do Turismo.

Às vésperas da Marcha Contra a Corrupção, que mobilizou parlamentares e militantes em redes sociais, políticos e autoridades avaliam a eficácia de manifestações populares dessa natureza e a tomada de providências contra a corrupção. A lista inclui o deputado cassado Roberto Jefferson (PTB), que denunciou o mensalão; políticos de oposição, organizadores do movimento e integrantes do governo.

“Tudo que se faz no sentido de combater a corrupção é extremamente válido, extremamente importante. É preciso que toda a sociedade brasileira se conscientize que uma das prioridades deve ser sempre a luta e o combate à corrupção. É preciso que a sociedade cada vez mais se anime dessa indignação contra a corrupção até para que isso possa repercutir dentro das casas legislativas”, diz o procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

Réu no processo do mensalão, Roberto Jefferson questiona a utilidade de marchas como a da Corrupção e os reais motivos do manifesto que está programado em mais de 30 cidades neste feriado. “A marcha é uma coisa vazia porque não tem corrupção desenfreada no governo. Se desconfia, se há fumaça, a presidente Dilma afasta os suspeitos. A marcha é para vender jornal, se contrapor a um movimento cívico-militar. Quarta-feira será um dia morto. Fazer passeata espontânea em Brasília é uma piada. Desde a época do mensalão é a imprensa quem denuncia corrupção”, afirma.

Fonte: Terra 

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