O governo federal divulgou uma nota, neste sábado (23/9), na qual desmente as informações divulgadas pelos deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG) e Filipe Barros (PL-PR) de que o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania instituiu banheiro unissex em escolas.
Os parlamentares criticaram e, segundo o governo, distorceram a Resolução nº 02/2023, do Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Queers, Intersexos, Assexuais e Outras, publicada nessa sexta-feira (22/9).
O documento propõe que “deve ser garantido o uso de banheiros, vestiários e demais espaços segregados por gênero, quando houver, de acordo com a identidade e/ou expressão de gênero de cada estudante”.
Nikolas e Filipe chamaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de estelionatário eleitoral porque o petista disse, durante a campanha, que não criaria banheiros unissex nas unidades de ensino.
O governo federal rebateu as informações e pontuou que, na verdade, “o documento não possui caráter legal ou de obrigatoriedade e nem cita banheiros unissex”.
“Também não há decreto, ordem emanada de autoridade superior que determine o cumprimento de resolução sobre o tema. A resolução apenas formula orientações quanto ao reconhecimento institucional da identidade de gênero e sua operacionalização”, afirmou.
Segundo o governo, “o que a resolução aponta é a garantia de uso de banheiros, vestiários e demais espaços onde haja uso de acordo com gênero de acordo com a identidade e/ou expressão de gênero de cada estudante”.
“O documento também se ocupa de medidas que minimizem o risco de violência e discriminações, dentre elas a adoção de banheiros de uso individual, independente de gênero, para além dos já existentes masculinos e femininos nos espaços públicos”, enfatizou.
Fonte: Metrópoles