Um homem de 29 anos apontado como chefe de uma facção responsável pelos ataques criminosos no Rio Grande do Norte morreu em suposto confronto com forças de segurança nesta terça (21), durante operação no Ceará, segundo a Polícia Federal.
A onda de violência iniciada há uma semana tem levado terror a diversas cidades do estado, alterado a rotina dos moradores, e provocou a suspensão de diversos serviços, como transporte público, atendimentos de saúde e aulas da rede pública.
Os ataques criminosos começaram no último dia 14 e têm desafiado as forças políticas e de segurança do estado.
A operação ocorreu na área rural de Icapuí para prender Francisco Allison de Freitas, mais conhecido como Nazista. O investigado, segundo a Polícia Civil do Rio Grande do Norte, atirou contra os policiais, foi alvejado e morreu no hospital, após ser socorrido.
Freitas é suspeito de comandar ataques da facção no município de Mossoró e região, sendo uma liderança da organização criminosa. Em recente operação da Polícia Civil, foram apreendidos quase 100 litros de gasolina e munições em um dos seus endereços.
A morte do suspeito, de acordo com a PF, ocorreu quando equipes da força-tarefa de Segurança Pública de Mossoró tentavam prendê-lo, em ação conjunta com Polícia Civil, Polícia Penal e a Polícia Militar do Ceará.
Cerca de 20 agentes integraram a operação. Com o suspeito foram apreendidos uma arma de fogo, munição e celulares.
Na última quarta (15), outro suspeito de ser um dos líderes dos ataques criminosos foi morto em confronto com policiais na Paraíba.
José Wilson da Silva Filho, 29, era foragido e estava escondido em uma residência no bairro de Paratibe, em João Pessoa. De acordo com as investigações, ele era responsável por financiar e distribuir armas para o grupo que realizou os ataques. Com ele, a polícia apreendeu uma pistola e um carro.
Cerca de 700 integrantes das forças federais e da Força Nacional reforçam a tropa de segurança no Rio Grande do Norte. Segundo o ministro da Justiça, Flávio Dino, a presença desse reforço poderá ser prorrogada no estado “por algumas semanas, enquanto a governadora achar necessário”.
Fonte: Folha de S. Paulo