O presidente do PT, Rui Falcão, defendeu nesta terça-feira (26) mudanças na política econômica do governo da presidenta Dilma Rousseff e disse que as medidas têm que girar em torno da manutenção do emprego, da valorização do salário-mínimo e do combate à inflação. Segundo ele, “a busca infatigável” pelo superavit primário de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), traçada para este ano, não deve ser o centro do debate econômico.
“Essa busca infatigável do superávit provavelmente não será atingida e ela não pode ser o condicionante do núcleo de política econômica, que deve ser combate à inflação, valorização do salário-mínimo”, disse Falcão após reunião da executiva nacional do PT. O encontro foi convocado pelo partido para analisar a atual conjuntura política e econômica. “O mercado e os economistas entendem que não será atingido [o superávit]”, acrescentou.
A executiva nacional do PT avaliou como positiva a decisão do Banco Central de manter a taxa básica de juros, a Selic, em 14,25% ao ano. “Achamos que foi um primeiro passo e que deve ter um prosseguimento com uma redução gradual dos juros”, disse Falcão.
Ao defender a redução da Selic, o petista disse que a recente política de aumento da taxa não conseguiu conter a inflação e que os juros altos favorecem o aumento da dívida interna, além de não estimularem o investimento.
Para o PT, a nomeação de Nelson Barbosa para o Ministério da Fazenda, em substituição a Joaquim Levy, no fim do ano passado, “desinterditou” o debate sobre a política econômica. Na próxima terça, Barbosa tem uma agenda com os líderes da base aliada no Congresso Nacional para tratar de projetos voltados para a retomada do crescimento.
Fonte: Agência Brasil