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MP pede a prisão de 13 executivos acusados de envolvimento em formação de cartel em SP

O Ministério Público (MP) de São Paulo pediu à Justiça a prisão preventiva de treze executivos acusados de participar da formação de cartel para a compra e reforma de trens do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Onze deles são da Siemens, um da Bombardier e um, da Hyundai-Rotem. Os executivos são estrangeiros que nunca foram ouvidos na investigação da Promotoria. As empresas não ajudaram a localizá-los, segundo o MP, ou não fornecendo a localização ou informando o endereço errado deles.

O pedido foi feito pelo promotor Marcelo Mendroni. Se a Justiça aceitar o pedido, os nomes vão para a Polícia Federal (PF) e, posteriormente, para a Interpol.

Nesta quarta-feira, o Ministério Público e a Siemens do Brasil assinaram, na sede do MP, no centro da capital paulista, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que prevê a colaboração da multinacional alemã através do compartilhamento de documentos inéditos resultantes de sindicâncias internas e na facilitação de depoimentos de funcionários da empresa no Brasil e no exterior, principalmente Alemanha e Estados Unidos. A ideia é colaborar com as investigações da Promotoria sobre a formação de cartel, principalmente entre os anos de 1998 e 2008.

Participaram da assinatura do TAC os promotores de Justiça Silvio Antonio Marques, César Dario Mariano da Silva e José Carlos Blat, o presidente da Siemens no Brasil, Paulo Ricardo Stark, e Fábio Selhorst, vice-presidente Jurídico da multinacional alemã.

O TAC preliminar, que teve 14 inquéritos envolvidos de oito diferentes promotorias do MP, tem duração inicial de 90 dias, podendo ser prorrogado.

– O nosso interesse é garantir a apuração das responsabilidades desses casos. Nós temos um passado do qual não necessariamente a gente se orgulha. Mas não vamos ficar sentados em cima do rabo. O que nós queremos é esclarecer, colocar um fim a esse episódio da única maneira correta, que é colaborando, trazendo informações e evoluindo a um acordo talvez ainda mais avançado, de ressarcimento dos danos eventualmente causados – disse Paulo Ricardo Stark, presidente da Siemens no Brasil.

O objetivo do Ministério Público, posteriormente, é a assinatura de um outro termo, para ressarcir os cofres públicos de eventuais desvios.

Fonte: Agência O Globo

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