A investigação sobre o desaparecimento do Boeing 777 da Malaysia Airlines continua concentrada no piloto e co-piloto do avião. Isso acontece depois da confirmação de que nada reportaram de anormal aos controladores, mesmo depois que um desvio de rota já tinha sido programado no computador de bordo que gerencia o voo.
O problema é que ainda não se entendeu o que foi feito por quem na cabine de comando. Continua forte a suspeita de participação do piloto, ou do co-piloto, ou de alguém que entenda muito de aviação nesse desaparecimento.
Na segunda-feira (17), foi feita a revelação de que as mudanças de rumo foram programadas no computador do cockpit, da cabine de comando. A noticia que surgiu na noite de terça (18), na rede americana NBC, é de que a reprogramação, de Pequim para um novo destino, foi feita em voo. Isso teria acontecido 12 minutos antes de o co-piloto fazer o ultimo contato de voz com o centro de controle da Malásia.
Mas foram os pilotos ou alguém que invadiu a cabine e tomou o avião? O jornal The New York Times fez a seguinte análise: lembrando os atentados de 11 de setembro, vários passageiros daqueles voos enviaram mensagens, usaram os celulares, perceberam que alguma coisa estava acontecendo. Nesse caso, nenhuma mensagem teria sido enviada e o aviao voltou, sobrevoou a Malásia. Ou os passageiros não conseguiram sinal de celular – e isso é possível – ou não perceberam nada do que estava acontecendo.
Falando das buscas, a tendência agora é acreditar que, se o avião seguiu um dos caminhos apontados por satélite, ele teria ido para sul, para o Oceano Índico. Ali, a Austrália comanda as buscas numa área a mais de três mil quilômetros da cidade de Perth. Eles usam aviões do tipo Orion, com equipamentos capazes de encontrar pequenos objetos boiando e estruturas debaixo d’água. Originalmente encontram submarinos, mas, neste caso, o alvo é o Boeing 777 da Malaysia Airlines.
Fonte: Jornal da Globo