Brasil registrou 338 casos de violência política na campanha de 2024, diz levantamento

A campanha eleitoral de 2024 registrou um número recorde de casos de violência política no Brasil: foram ao menos 338 de julho a setembro deste ano, segundo levantamento do Grupo de Investigação Eleitoral da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Giel/Unirio).

Mais da metade dos casos foi de violência física, como o que vitimou o prefeito de Taboão da Serra (SP), José Aprígio da Silva (Podemos), atingido por ataque a tiros quando estava dentro de um carro nesta sexta-feira (18). Internado, ele tinha estado de saúde estável. A polícia investiga a motivação do ataque.

Dentre os casos de violência política registrados pelo grupo da Unirio, 88 constituem atentados, com 55 casos em que o alvo sobreviveu e 33 em que foi morto pelo agressor.

O levantamento, registrado no 19° Boletim do Observatório da Violência Política e Eleitoral, considera episódios de violência cometidos contra políticos com e sem mandato. Neste grupo, estão incluídos vereadores, prefeitos, secretários, governadores, candidatos e ex-ocupantes de cargos públicos. Casos de violência contra eleitores não são contabilizados.

Lideranças sem cargo representam a maior parte (166) dos alvos na campanha de 2024. E os grupos mais atingidos, segundo o levantamento, são homens (71%), pessoas entre 40 e 59 anos (52%) e com ensino superior (61%).

Estado de maior população no país, São Paulo também lidera no número de casos de violência, com 58 episódios entre julho e setembro. Vinte e cinco partidos de todos os espectros políticos foram atingidos, com União Brasil, PT e MDB à frente na lista.

Segundo a metodologia do Giel, 2024 superou as eleições passadas em número de casos de violência política. Foram 263 episódios no ano de 2022, que teve pleito marcado por numerosos casos de violência, sobretudo entre eleitores de Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT). Já durante o pleito municipal de 2020, em meio à pandemia da Covid, 235 casos.

“A violência sempre aumenta no período eleitoral” diz Felipe Borba, professor da Unirio e coordenador do Giel. Ele enfatiza que geralmente os cargos locais são alvos mais frequentes, já que pequenos municípios têm disputa mais personalizada, menos ideológica e o Poder Executivo municipal como fonte importante de renda.

Fonte: Folha de S. Paulo

Hulk marca, Atlético-MG arranca empate com Vasco e vai à final da Copa do Brasil

O Atlético-MG está na final da Copa do Brasil e espera pelo vencedor de Flamengo e Corinthians. Afinal, neste sábado (19), arrancou o empate em 1 a 1 com o Vasco, calando São Januário, pela volta da semifinal da competição. O Cruz-Maltino abriu o placar com Vegetti, de pênalti na primeira etapa. Mas Hulk igualou na reta final da partida. Desse modo, como os mineiros venceram a ida por 2 a 1, avançaram.

Apesar da forte chuva que caía no Rio de Janeiro e de toda a tensão envolvendo uma partida deste quilate, Vasco e Atlético fizeram um grande jogo. O Cruz-Maltino e o Galo começaram na “trocação franca”, com boas jogadas. Assim, aos 15, Mateus Carvalho arriscou de fora da área e tirou o primeiro “uhhh” da torcida do Vasco. Então, o Atlético respondeu com Battaglia e Júnior Alonso exigindo grande defesa de Léo Jardim.

Vasco na frente

Três minutos mais tarde, Paulinho invadiu a área do Vasco e tentou fazer um golaço, mas acabou esbarrando na defesa vascaína. Vegetti quase abriu o placar para os donos da casa, aos 29, quando aproveitou cruzamento de Paulo Henrique, girou e viu a bola passar perto do gol.

O tento do Vasco sairia seis minutos depois, também começando com cruzamento: Piton mandou na área, e Otávio tocou nela com a mão. Pênalti, portanto. Vegetti cobrou e abriu o placar para o Cruz-Maltino. Dali até a reta final do primeiro tempo, praticamente só deu Vasco, que chegou com Pumita e Léo Pelé. No apagar das luzes, Lyanco aproveitou bate e rebate em cobrança de falta de Scarpa, e quase igualou.

Galo aperta no fim, busca o empate

A segunda etapa começou ainda mais intensa. Com menos de dois minutos, Paulinho e Vegetti desperdiçaram grandes oportunidades. Aos 14, Puma cruzou na cabeça de Vegetti, que quase marcou o segundo gol dele e do Vasco na partida. O Galo respondeu com Paulinho: em grande contra-ataque puxado por Arana, o atacante desperdiçou boa oportunidade.

Na reta final, o Atlético-MG apertou e conseguiu empatar em um golaço de Hulk. Aos 39, Scarpa deu bom passe para Hulk, que fez uma pintura de fora da área.

Fonte: Terra

Drone é lançado em direção à casa de Benjamin Netanyahu em Israel

Um drone foi lançado neste sábado (19) em direção à casa do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, informou um porta-voz do governo israelense. Netanyahu não estava em casa, e ninguém ficou ferido, ainda de acordo com o porta-voz.

Mas outro ataque com drone no norte de Israel deixou um morto.

A ofensiva foi a primeira direcionada ao premiê israelense desde o início da guerra, há mais de um ano, e ocorreu no mesmo dia em que o Hezbollah lançou drones e foguetes contra diversos pontos de Israel após anunciar uma nova e ampla fase da guerra.

O governo israelense não havia informado se o drone foi lançado pelo Hezbollah, e o grupo extremista também não havia se manifestado até a última atualização desta reportagem. Também não havia informações sobre se o artefato conseguiu atingir a residência.]

O ataque aconteceu na cidade de Cesareia, no norte, onde fica a residência privada de Netanyahu. O premiê e a família não estavam na residência no momento do ataque, de acordo com o porta-voz.

Mais cedo, o Exército israelense disse que um drone foi lançado a partir do Líbano e atingiu um prédio, sem informar onde fica o edifício alvejado. O jornal israelense “Haaretz” disse que o Hezbollah disparou também 180 foguetes contra áreas no norte de Israel.

Fonte: G1

Homem com vício em heavy metal é aposentado por invalidez; entenda

Roger Tullgren, de 42 anos, levou sua paixão pela música ao extremo quando percebeu que ela não lhe permitia mais trabalhar normalmente. O caso incomum foi aberto em 2015, quando um juiz reconheceu que seu vício em heavy metal estava, de fato, impedindo sua capacidade de trabalhar e viver uma vida normal e, a partir daí, lhe concedeu uma aposentadoria por invalidez.

Natural da Suécia, o homem consultou vários médicos que atestaram que sua obsessão havia realmente se tornado um vício, o que significava que ele não conseguia manter um emprego em tempo integral, relata o site de notícias local, via Global Post.

“Estou tentando há 10 anos classificar isso como uma deficiência”, disse Tullgren, que ostenta tatuagens, longos cabelos pretos e revelou que compareceu a quase 300 shows em um único ano.

“Conversei com três psicólogos e eles finalmente concordaram que eu precisava disso para evitar ser discriminado,” comentou. Atualmente, ele tem um emprego de meio período como lavador de pratos em um restaurante em Hässleholm, mas isso será complementado por benefícios por incapacidade.

Pedido de auxílio-doença por heavy metal ganhou força no LinkedIn

A atenção da mídia foi atraída para o caso quando Francisco Trujillo, professor de Direito Trabalhista e Previdência Social na Universidade Jaume I de Castellón e colaborador do site NoticiasTrabajo (site de notícias dedicado à economia), postou informações sobre o caso no LinkedIn.

No post, ele explica como, em 3 de março de 2015, o mundo do heavy metal colidiu com o mundo jurídico, uma colisão que deixaria o homem esperando quase uma década por uma resposta.

O professor Trujillo descreveu que o sueco teve que se consultar com três psicólogos antes de receber apoio psicológico suficiente para ser levado a sério.

Os tribunais suecos aprovaram o caso e Tullgren recebeu um suplemento de 400 euros, um acordo de subsídio parcial que lhe permite trabalhar meio período como funcionário da cozinha e manter seu vício.

Novo chefe lhe deu liberdade

Seu novo chefe supostamente o deixou vestir o que quisesse para trabalhar e lhe dá tempo livre para ir a shows.

“Assinei um formulário dizendo: ‘Roger se sente compelido a mostrar seu estilo heavy metal. Isso o coloca em uma situação difícil no mercado de trabalho. Portanto, ele precisa de ajuda financeira extra’. Agora posso me apresentar a uma entrevista de emprego vestido com minhas roupas normais e simplesmente entregar este pedaço de papel aos entrevistadores”, comentou Tullgren.

Fonte: O Povo

Dona de 80% de Jericoacoara (CE) surge após 40 anos, pede terras e retoma 49 mil m²

Um dos destinos mais badalados e visitados do Nordeste, Jericoacoara é alvo de uma polêmica. Após 40 anos, uma empresária procurou o estado para alegar que terrenos que somam 7,1 milhões de m², equivalente a 80% da área onde está a vila —com suas casas, hotéis e restaurantes, por exemplo— são de sua propriedade. Ela fechou um acordo com o governo do estado e terá 49,5 mil m² cedidos.

A reivindicação surpreendeu autoridades e moradores, que dizem desconhecer qualquer história de posse da família que se apresenta como dona da área.

Depois de uma análise dos documentos, a PGE (Procuradoria-Geral do Estado) informou que as matrículas apresentadas, datadas do ano de 1983, são verdadeiras e, legalmente, ela é realmente a dona da área.

Entretanto, para evitar que centenas de famílias e empresários tivessem que sair de áreas já tituladas, o estado anunciou que fechou um acordo com cessão apenas de áreas desocupadas à mulher.

Quem apresentou os documentos foi a empresária Iracema Correia São Tiago. Em setembro de 2023, ela deu entrada com um processo no Idace (Instituto do Desenvolvimento Agrário do Ceará), apresentando o seu direito à posse de três terrenos que teriam sido adquiridos pelo seu então marido, José Maria de Morais Machado.

O acordo foi fechado contra o Conselho Comunitário de Jericoacoara, que questiona o direito à posse.

Entenda o caso

Em nota, a Procuradoria-Geral do Estado alegou que a vila de Jericoacoara é uma “área arrecadada” pelo Idace para o estado do Ceará.

Segundo a PGE, por ser uma área arrecadada, “é obrigado se fazer constar, na respectiva matrícula, a ressalva quanto à obrigação do Estado de, aparecendo algum proprietário que comprove que possui imóvel, dentro da matrícula estadual, registrado em data anterior à arrecadação, promover o reconhecimento desse direito, retirando da sua matrícula a área comprovadamente de outro proprietário”.

Sem que a dona aparecesse, o Idace emitiu diversos títulos de domínio na área nos últimos anos, em um processo de regularização fundiária, dando posse a moradores e empresários que investiram pesado no local e tornaram um destino turístico conhecido até fora do Brasil.

O governo cearense realizou uma diligência no dia 13 de dezembro de 2023 para ver a situação de cada lote em litígio. Na área, foram catalogadas as construções e posses de pessoas que ocupam as áreas registradas pelo estado.

Em documento de 7 de maio, o governo do Ceará fez um acordo em que “reconhece que a matrícula de propriedade do Estado se sobrepõe à matrícula anterior da acordante [Iracema], conforme as análises e estudos técnicos realizados pelo Idace e pela PGE”.

Acordo para minimizar dano

Com a confirmação do direito, e diante de um eventual impacto da “devolução” das terras, a Procuradoria-Geral do Estado procurou a empresária para dar início a tratativas de um acordo e minimizar os danos a quem vive no local.

“Caso simplesmente se retirasse a área do real proprietário da matrícula do Estado, muitos residentes e donos de comércios locais poderiam ser obrigados, até judicialmente, a sair de suas casas e estabelecimentos”, diz a PGE.

Nas conversas, a Procuradoria-Geral do Estado diz que conseguiu que a dona renunciasse a todas as terras de sua propriedade que estivessem ocupadas por moradores ou com quaisquer tipos de construções.

Assim, somente os terrenos que seguem em nome do Idace, e que não estão ocupados, passarão para a mulher, totalizando uma área de 49,5 mil m². “Além disso, todas as vias e acessos locais foram preservados”, diz a PGE.

Com o acordo, o estado se comprometeu a revogar os títulos que tenham sido “emitidos e não registrados, de áreas atualmente sem uso”. Ainda garantiu cancelar, desde que não haja construções ou posse, os títulos concedidos a terceiros que não foram ainda registrados em cartório.

Já Iracema, além de ceder as áreas já tituladas, renunciou a eventuais pagamentos de indenizações referentes às áreas.

Fonte: UOL