Dono de terreno constrói muro em praia e diz que é para ‘preservar meio ambiente’

João Fragoso, advogado agropecuarista dono de um terreno de dez hectares na praia do Pontal de Maracaípe, em Ipojuca (PE), alegou ter construído um muro de troncos de coqueiro para assegurar que a área da propriedade “não seja reduzida” e preservar o meio ambiente. Porém, a estrutura, que existe desde 2022, tem sido alvo de questionamentos por órgãos defensores do meio ambiente.

“Eu não tenho projeto nenhum para lá, a não ser preservar o meio ambiente. Por conta da quantidade de lixo, de gente defecando no mangue, deixando camisinha, deixando resíduos de cerveja, cortando mangue para fazer churrasco. Então, eu quis parar isso”, disse João Fragoso em entrevista à TV Globo, que foi ao ar no sábado, 8.

Na época em que ergueu o muro, ele justificou que era para conter o avanço do mar. Os comerciantes da região foram contra, alegando que a estrutura dificultava o acesso à praia.

A estrutura tem sido pauta de discussões na Justiça. Segundo informações da mídia local, quando o muro foi construído, havia permissão da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), mas foi determinada a sua retirada. Porém, o Tribunal de Justiça de Pernambuco impediu o cumprimento da medida, alegando que o proprietário não tinha descumprido nenhuma licença ambiental.

Durante a entrevista à TV Globo, ele pontuou que havia um relatório do Ibama com críticas ao muro, mas que ele não tinha tido acesso ainda e que precisou entrar na Justiça para que o documento fosse apresentado a ele.

Ele justificou ainda que o muro tem 250 metros, menos do que alega o órgão. Disse também que construiu a estrutura com mão de obra da região e que pediu a um especialista para verificar se a obra prejudicaria as tartarugas que se reproduzem no local.

Fonte: Terra

Brasil pergunta à Argentina se 143 foragidos do 8/1 estão no país

A embaixadora do Brasil na Argentina perguntou formalmente ao país, na última sexta-feira (7/6), se 143 foragidos da Justiça brasileira estão no território vizinho. Os nomes são de pessoas investigadas nos atos de 8 de janeiro.

O pedido enviado à Argentina foi formalizado por meio do encaminhamento de um ofício do Supremo Tribunal Federal (STF).

Na sexta-feira, foi informado que o número de foragidos do 8/1 era de 159. O total se refere a investigados e condenados. Naquele dia, 50 mandados de prisão foram cumpridos no âmbito da operação Lesa Pátria nas seguintes unidades da federação: Espírito Santo, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Bahia, Paraná e Distrito Federal.

O grupo dos 50 era de pessoas já condenadas e que não se apresentaram para cumprir a pena, por isto são foragidas da Justiça. Dentre esses, havia também alguns que desrespeitaram medidas restritivas de liberdade como o uso de tornozeleiras eletrônicas.

Em uma entrevista no sábado (8/6), a ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, informou não saber o paradeiro de brasileiros envolvidos nos atos de 8 de janeiro que estivessem no país vizinho.

Patricia também afirmou que o governo brasileiro não havia feito nenhum pedido de extradição para os fugitivos.

“Até agora, não temos nenhuma informação desse tipo. Não temos alerta vermelho sobre essas pessoas”, disse Bullrich, em uma entrevista para a Rádio Mitre, da Argentina.

Asilo político

No fim de maio, um grupo de deputados federais bolsonaristas esteve na entrada do Congresso da Argentina para defender o asilo político a pessoas que estiveram no 8 de janeiro.

Fonte: Metrópoles