Venezuela quer se apropriar de 74% do território da Guiana

A Venezuela pretender se apropriar de 74% do território da Guiana em referendo a ser realizado em 3 de dezembro. O anúncio foi feito pelo presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em seu perfil no X (antigo Twitter) na sexta-feira (10.nov.2023). A Guiana, que fica localizada no extremo norte da América do Sul, disse que o anúncio é provocativo e que eventual decisão não terá efeito jurídico internacional.

A região de Essequibo ou Guiana Essequiba é disputada entre os 2 países há mais de 1 século. O local tem 160 mil quilômetros quadrados e é administrado pela Guiana, que tem como chefe de Estado Irfaan Ali. A Guiana tem 214.969 quilômetros quadrados, com uma população de 800 mil habitantes. As línguas oficiais são inglês e idiomas regionais. A moeda é o dólar da guiana.

A riqueza da Guiana tem crescido por causa do petróleo descoberto na margem equatorial do país. A estimativa é que o total de óleo no local seja de 14,8 bilhões de barris. Esse volume equivale a 75% da reserva total de petróleo do Brasil.

O governo da Guiana disse neste sábado (11.nov.2023) que o referendo é um crime internacional e disse que a Venezuela tenta enfraquecer a integridade territorial do Estado soberano da Guiana.

O país defende que o tratado assinado em Washington em 2 de fevereiro de 1897, que determinou a linha divisória entre a colônia da Guiana Britânica e os Estados Unidos da Venezuela em 1899. O Reino Unido e a Venezuela concordaram que os resultados do acordo seriam uma solução “completa, perfeita e final”.

“Durante mais de 6 décadas, a fronteira foi internacionalmente reconhecida, aceita e respeitada pela Venezuela, pela Guiana e pela comunidade internacional como sendo a fronteira terrestre entre os 2 Estados”, disse o governo do país.

Fonte: Poder 360

Enem 2023 tem covid-19, agrotóxico e esporte entre temas do 2º dia de prova

Dedicadas às questões de matemática e ciências da natureza, as provas do segundo dia do Enem 2023 abordaram temas como a vacina contra a covid-19, o uso de agrotóxicos e práticas esportivas.

RNA mensageiro em vacina contra a covid-19 foi tema em ciências da natureza. A prova teve ainda questões sobre o uso de inseticidas pelo agronegócio e a espuma gerada em rios pelo despejo de detergentes não-biodegráveis.

Questões sobre agro no 1º dia de prova geraram polêmica. No Congresso Nacional, a Frente Parlamentar da Agropecuária chegou a se posicionar pela anulação das três perguntas. Membro do grupo, o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) disse que o governo usou o exame para fazer “doutrinação ideológica”.

Radioatividade e outros temas clássicos também marcaram presença no exame. “Recorrente em outros anos, a eletroquímica ficou de fora dessa vez”, lembrou Caê Lavor, diretor de Ensino Médio e Avaliações do SAS Plataforma de Educação.

Prova teve nível de dificuldade dentro do esperado. Na avaliação de professores, exame veio equilibrado, trazendo questões de todos os níveis bem distribuídas entre os diferentes temas.

Para Vera Antunes, coordenadora Pedagógica do Curso Objetivo, os textos claros e curtos foram um ponto positivo do exame:

“Uma prova que exigiu realmente que o aluno estivesse preparado e uma prova com assuntos muito bem distribuídos pela matéria. Nas disciplinas todas — física, química, matemática, biologia — um conteúdo do ensino médio, nada pedindo uma coisa mais avançada ou que levasse a uma polêmica. E o que é importante, uma prova democrática, acessível a todos, fosse de escola pública ou particular”.

Fonte: UOL