Igreja Universal deve devolver R$ 204 mil após fiel ser coagida a doar todo seu patrimônio, diz TJ

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) mandou a Igreja Universal do Reino de Deus devolver R$ 204,5 mil a uma professora de São Paulo que teria sido coagida a ofertar todo seu patrimônio à instituição religiosa. A decisão, da 29ª Câmara de Direito Privado do TJ, publicada nesta quinta-feira, 10, manteve sentença da 4ª Vara Cível do Foro Regional de Itaquera, na capital, que já havia dado ganho de causa à mulher. Em nota, a Universal nega a coação e informa que vai recorrer.

Segundo os autos, a mulher começou a frequentar a igreja e realizou vários depósitos financeiros por acreditar que seria uma forma de validar sua fé. A professora enviou R$ 7,5 mil para a igreja em dezembro de 2017 e, em julho de 2018, transferiu outros R$ 197 mil. Conforme o processo, tempos depois de entregar a maior soma que possuía, oriunda de indenização trabalhista, a doadora e a filha ingressaram com ação judicial alegando que o ato comprometeu a subsistência da família.

Em março do ano passado, o juiz Carlos Alexandre Böttcher declarou a nulidade das doações, alegando que a professora foi vítima de coação, “considerando as pressões psicológicas empreendidas pelos membros da organização religiosa para a realização de tais ofertas na campanha denominada Fogueira Santa”, como disse na decisão que foi objeto de recurso ao TJ.

Em março do ano passado, o juiz Carlos Alexandre Böttcher declarou a nulidade das doações, alegando que a professora foi vítima de coação, “considerando as pressões psicológicas empreendidas pelos membros da organização religiosa para a realização de tais ofertas na campanha denominada Fogueira Santa”, como disse na decisão que foi objeto de recurso ao TJ.

Disse ainda “não ser razoável dispensar a uma entidade religiosa, qualquer que seja a doutrina por ela professada, uma espécie de imunidade jurídica pelo simples fato de lidar com questões e regras espirituais”.

O magistrado destacou ter ficado comprovado que a ofertante, que recebe salário de R$ 1,5 mil e vive com marido e filha desempregados, passou a suportar crise financeira após a doação. “Além de a liberalidade ter atingido todo o patrimônio das autoras, não houve reserva de renda ou parte idônea para sua subsistência”, escreveu. Os desembargadores Silvia Rocha e Mário Daccache completaram a turma julgadora. A decisão foi unânime.

Lei prevê ofertas e liberdade religiosa, diz igreja

Em nota, a Igreja Universal do Reino de Deus informou que vai recorrer da decisão ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), “com a absoluta certeza de que a decisão será revertida, fazendo com que a justiça e a verdade prevaleçam”. A Universal reforçou que faz seus pedidos de oferta de acordo com a lei e dentro do exercício regular do seu direito constitucionalmente assegurado de culto e liturgia.

“Desta forma, exatamente em razão da liberdade religiosa, não é possível qualquer tipo de intervenção do Estado – incluindo o Poder Judiciário – na relação de um fiel com sua Igreja.” A Universal lembrou que a autora da ação é professora de escola pública, “uma pessoa esclarecida, bem formada e informada, que conseguiu ser aprovada em um concurso público, sendo totalmente capaz de assumir suas próprias decisões”. Disse, ainda, que a mulher foi membro da Igreja por 18 anos, “conhecida profundamente seus rituais litúrgicos e jamais alegou ter sofrido qualquer tipo de ‘coação’”.

Fonte: Estadão

Corpo de padre é encontrado em decomposição em Minas Gerais

O padre José de Sousa Carvalho, desaparecido há mais de uma semana, foi encontrado morto e em estado avançado de decomposição neste sábado (12/8), próximo à rodovia MG-431 em Itaúna, na Região Central de Minas Gerais. O religioso de 61 anos foi visto pela última vez em 4 de agosto, quando saiu de casa dirigindo um carro e não retornou.

De acordo com a Polícia Militar, o corpo foi encontrado à beira de um córrego às margens da estrada em trecho que liga Itatiaiuçu e Itaúna. O cadáver estava parcialmente nu e a perícia não conseguiu fazer a identificação, mas há a suspeita de que a morte pode ter ocorrido há mais de dois dias.

Em nota enviada à reportagem, a Polícia Civil informou que o corpo foi identificado por familiares no Instituto Médico Legal (IML). Mesmo com o reconhecimento, devido ao estado de decomposição, foi solicitado um exame de DNA para a confirmação da identidade.

A diocese de Oliveira, onde era registrado o padre José de Sousa Carvalho, emitiu uma nota de falecimento, informando que o sacerdote será velado neste domingo (13/08), das 10h às 12h, no Cemitério Parque Nossa Senhora das Dores, em Itaguara. O sepultamento será no mesmo local.

Segundo a diocese, o pároco, conhecido como Padre Carvalho, já trabalhou em Itaguara, Santana do Jacaré e Ribeirão Vermelho. Ele estava afastado da atividade desde 2020 para se dedicar aos cuidados médicos do pai.

Fonte: Estado de Minas

Documentos revelam que dinheiro público financia MST em Alagoas

A CPI do MST está neste momento fazendo uma diligência em Alagoas. Lá, os parlamentares recolheram documentos revelando que os sem-terra que participaram de manifestações no Estado foram financiados pelo Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iterra-AL). Há contratos, notas fiscais e até pareceres jurídicos mostrando que o governo alagoano pagou ônibus, lonas e cestas básicas para subsidiar protestos.

Os documentos mostram a relação dos movimentos com o Estado entre 2017 e 2020. A maior parte é de 2018. Uma das notas fiscais, no valor de 2.799 reais, comprova o aluguel de dois ônibus para transportar famílias que estavam participando de manifestações na Praça Sinimbu, em Maceió, em abril de 2018. O dinheiro foi liberado pelo Iterra, para movimentos que invadiram o Incra.

Outra nota fiscal revela que o Iterra em Alagoas pagou 19,9 mil reais para comprar lonas destinadas às famílias que estavam acampadas na Praça dos Martírios, em Maceió, em abril de 2018. Há outra nota fiscal, de 8,3 mil reais, de compra de cestas básicas para os manifestantes que acamparam na Usina Laginha e Usina Guaxuma, em municípios de Alagoas.

O então diretor-superintendente do Iterra-AL, Jaime Messias Silva, disse a VEJA que não vai se pronunciar sobre os fatos. Os parlamentares da CPI que estão fazendo as diligências em Alagoas estão cruzando as informações para checar denúncias de pagamentos direcionados para empresas específicas do Iterra-AL no Estado. A CPI recebeu informações de que foram pagos 5,6 milhões de reais para empresas de ônibus entre 2015 a 2023.

Fonte: VEJA

McLaren de R$ 2 milhões é destruída em colisão com carro de aplicativo no Alagoas

Uma McLaren Arturo, avaliada em mais de R$ 2 milhões, ficou destruída após uma colisão na orla da praia de Maceió (AL). Um motorista de aplicativo fazia uma conversão na Av. Álvaro Otacílio quando teve o veículo atingido pelo carro importado. Segundo as autoridades, um homem precisou ser socorrido após o acidente.

O caso aconteceu no bairro da Ponta Verde, na noite da última sexta-feira, 11. O motorista do carro importado perdeu o controle e acertou obstáculos de concreto que delimitavam a via. A McLaren ainda anda poucos metros até parar em frente a um condomínio. Populares filmaram o carro após o acidente e as imagens mostram o dano ao veículo, que perdeu uma das rodas após a colisão

Os bombeiros foram acionados para atender a um homem de 46 anos, que estava no carro de aplicativo, e ficou ferido após o acidente. A vítima, segunda as autoridades, sofreu um corte na testa e se queixou de dores no pescoço.

Fonte: Terra