Mulher é morta por atendente de padaria após reclamar da qualidade do pão nas redes sociais

A atendente de uma padaria de Betim (MG), Patrícia Ferreira, de 42 anos, foi presa depois de confessar ter matado uma cliente do estabelecimento. O desentendimento entre as duas teve início nas redes sociais, quando Ana Amaral, de 34 anos, fez uma publicação reclamando da qualidade do pão oferecido no local.

O crime aconteceu na noite do último sábado (22), quando a vítima estava em uma confraternização em um bar. Patrícia feriu Ana com uma faca. As perfurações atingiram os braços, um dos punhos, um ombro e o tórax da vítima. Ela foi socorrida pela própria irmã, que a levou para uma Unidade Básica de Saúde de Betim, onde morreu.

Ao ser abordada pela polícia, Patrícia confessou o crime e disse que passou a andar pelo bairro com uma faca na cintura depois do desentendimento entre as duas nas redes sociais.

No dia 12 de julho, Ana Amaral publicou em sua conta no Facebook alguns vídeos mostrando pontos pretos nos pães comprados por ela na padaria. A consumidora alegou que o produto veio com carrapatos e sujeira.

A cliente chegou a gravar o momento em que foi ao estabelecimento reclamar da qualidade do produto e as acusações foram negadas por uma funcionária. O conteúdo foi compartilhado na mesma publicação.

Nos comentários, Patrícia defende que a padaria é sempre dedetizada e que as manchas não seriam carrapatos. “Isso não vai ficar assim”, conclui a atendente.

A Polícia Civil informou que o local passou por perícia e que a presa foi encaminhada ao sistema prisional, onde permanece à disposição da justiça.

Fonte: CNN

Delação aponta que ex-PM teria chamado Lessa para matar Marielle Franco

A delação do ex-policial militar Élcio de Queiroz apontou um terceiro suspeito no envolvimento da morte da vereadora Marielle Franco, assassinada em março de 2018.

Em depoimento à Polícia Federal e ao Ministério Público do Rio, Élcio afirmou que quem “trouxe o trabalho” para Ronnie Lessa, apontado como autor dos disparos, foi Edimilson Oliveira da Silva, conhecido como Macalé.

“Foi através do Edimilson que trouxe, vamos dizer, esse trabalho para eles. Essa missão para eles foi através do Macalé, que chegou até o Ronnie”, disse Élcio.

Ele afirmou também que Macalé esteve presente em todas as ações feitas para vigiar Marielle.

A delação de Élcio foi o estopim para operação feita nesta segunda-feira (24), que prendeu o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, que já havia sido condenado por tentar obstruir as investigações sobre o caso. O ex-PM afirmou que Ronnie, Maxwell e Macalé estavam juntos na primeira tentativa de assassinar Marielle, ainda em 2017.

“Motorista seria Maxwell, o Suel [apelido do ex-bombeiro]. No banco do carona, Ronnie, com a metralhadora dele, a MP5. E no banco de trás, na contenção, seria o Edimilson Macalé, que faria a contenção com AK47”, conta Élcio, que diz que Ronnie teria desabafado com ele no ano novo sobre a ofensiva frutrada.

“Foi essa a situação que ele [Ronnie] me passou nesse dia do Ano Novo que ele desabafou. Aí eu fiquei sabendo que era o mesmo carro”, disse Élcio, fazendo menção ao Cobalt Prata usado na noite do crime.

Macalé era policial militar reformado e foi morto a tiros em novembro de 2021. A Polícia Civil investigou o caso na época, mas ainda não chegou a uma conclusão sobre o crime.

Segundo testemunhas, o ex-PM estava em seu carro, uma BMW, quando foi atingido por tiros disparados de um outro veículo. O caso aconteceu na avenida Santa Cruz, em Bangu, zona oeste do Rio. Ele morreu no local.

Com Macalé, foi encontrada uma pistola Glock de calibre 45. A Polícia Civil informou na época que nem a arma nem os documentos do policial reformado foram levados na ação.

Macalé era suspeito de ter ligações com a contravenção do Rio de Janeiro. Na delação, Élcio diz apenas que o PM assassinado era de Oswaldo Cruz, bairro da zona norte do Rio.

Parte da colaboração do ex-PM preso está sob sigilo. A Polícia Federal e o Ministério Público do Rio devem usar o depoimento de Élcio para definir quais os próximos passos das investigações.

Fonte: Folha de S. Paulo